A realidade é apreendida pelas pessoas de maneiras diferentes, e essa forma de entender a vida pode ajudar ou atrapalhar.
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Imagem: de Joacélio Batista e Pablo Lobato, no CCBB Rio |
Há um jeito fatalista de ver os acontecimentos. Quando estamos condicionados a enxergar só as coisas ruins, temos a nítida impressão de que elas se sobressaem. Sabe aquele dia em que tudo dá errado? Mas você já começou a agir de forma que as coisas acontecessem assim. Se acreditarmos que coisas ruins irão acontecer, independentemente de como agirmos, focaremos nisso. E perceberemos mais consequências negativas.
Mas se ficarmos atentos às coisas boas, estaremos mais abertos e predispostos a percebê-las. O problema é que, justamente no quecostuma “dar certo”, não prestamos atenção.
O exagero é alienante, por isso, não se trata de entender a vida como “perfeita” ou “péssima”. Está tudo aí, em que você presta mais atenção? São as “lentes” com as quais olhamos para a vida que fazem toda a diferença. Reconhecer suas qualidades, rever os problemas com mais calma e notar que eles podem sim ter solução; depende muito mais de sair da posição de centro do mundo, e colocar-se inteiro na realidade. Isso não é negar a existência dos problemas, mas mudar a forma de encará-los.