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Singularidades.
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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Normalidade x Equilíbrio

A normalidade é determinada socialmente pela exigência de padrões que desconsideram o sujeito em sua individualidade. A norma é o comum à maioria das pessoas; então passamos a vê-la como o esperado, e até como o ideal. Mas pensando assim, subestimamos a experiência de cada um. Essa classificação gera sofrimento para quem não está em conformidade com as supostas regras. Mas a norma não é tão absoluta, visto que esses padrões são específicos dentro de cada cultura.
Nem sempre o “normal” significa saúde. Comportamentos que são ditos normais porque são comuns à maioria da população, podem sim ser doentios e restringir a vida das pessoas, fazendo-as sofrer.
 A saúde está mais relacionada ao equilíbrio do que à normalidade, pois ele refere ao próprio indivíduo, em sua história, em seus anseios e suas potencialidades. Somos seres totais e formados por várias dimensões. Se uma parte do todo se encontra em desequilíbrio, o restante também é afetado. Estar em um equilíbrio saudável significa estar bem em relação a si mesmo, conseguir adaptar-se ao novo da melhor forma possível e estabelecer boas relações em seu meio social. O equilíbrio varia a cada nova situação na busca pela saúde e pela satisfação de necessidades.
Só o próprio sujeito pode estabelecer na sua vida a fronteira entre o saudável e o psicopatológico e julgar seu estado atual em relação ao seu estado anterior. É ele quem pode avaliar como se sente nesse momento; e isso vai além do normativo.

Versões

É preciso ter cuidado diante das histórias que ouvimos, para não tomá-las como verdadeiras antes de refletir um pouco. Repetir histórias únicas pode ser cômodo, mas também é perigoso.
Como sujeitos pensantes, não podemos esquecer nossa capacidade crítica e o benefício da dúvida. É claro que nos apoiamos em algumas certezas, pois existe um mundo de cultura anterior a nós. Mas tomar tudo o que é dito enfaticamente como verdade absoluta nos torna impressionáveis e vulneráveis, porque nos leva a desconsiderar a origem da história, o contexto, os jogos de interesses. Não podemos ignorar que há sempre outro lado.
 Mesmo envolvidos pela grande mídia e imersos na cultura, ainda podemos questionar, ampliar nossos horizontes, conhecer outras versões, e assim, chegar às nossas próprias conclusões; e isso liberta porque quebra “pré-conceitos”.
Não falo de relativizar, mas de conhecer primeiro, aprofundar, buscar os pontos que possibilitem o diálogo. E ainda assim admitir, mas com a consciência mais tranquila, que nosso conhecimento não é pleno. Passeando entre as várias versões e formulando a nossa, ainda conviveremos com incertezas, mas também com a possibilidade de conhecer mais e melhor.