BEM VIND@!

Vamos falar de coisas da vida?
Vamos falar das coisas. E também da nossa vida.
Vamos trocar idéias! Aqui neste espaço virtual, nesse tempo incomum...
Singularidades.
Para ser cada vez mais si mesmo, estando cada vez mais inteiro no mundo e nas relações.
Pra mudar, para crescer, para transcender...




quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal

Machado não era assim quando eu saí daqui pra cursar Psicologia em Belo Horizonte. É claro que em vésperas de datas especiais como Natal e Páscoa, algumas lojas ficavam bem lotadas. Mas não havia tantas lojas. Lojas tem brotado no centro da cidade, e não apenas no centro. Lojas grandes, lojas pequenas... O comércio tem crescido muito. Mas a cidade também expandiu. Bairros novos... tantas pessoas. E tantos carros! Engarrafamento nos horários de pico durante a semana. E nessa época então! Ontem eu e meu noivo resolvemos ir ao cinema. Lojas abertas até pelo menos 22:00. Meia hora no trânsito só no trechinho que liga a Barão do Rio Branco à Praça. Vontade de descer do carro, chegaríamos em menos de cinco minutos. E na hora de estacionar, não havia sequer uma vaga. Encontramos uma  nas ruas paralelas, mas foi difícil.
A maioria das pessoas estava comprando. Pacotes e mais pacotes. Familiar, não? É hora de estranhar esse familiar.
Hoje, no ônibus, uma senhora simpática puxou papo comigo. Falava sobre o Natal. É claro, tipicamente ela iniciou a conversa falando sobre o tempo, que hoje está chuvoso. Perguntou se "será que no Natal vai chover também?".
Mas depois ela foi me contando do quanto o sentido do Natal é diferente pra ela. Em sua simplicidade, disse que faz uma jantinha normal, igual a de todo o ano. O que é diferente na ceia é que ela dá a mão ao seu filho e eles "olham para trás". Então agradecem quanta coisa boa aconteceu . E também as ruins, que serviram de aprendizado. Que graças a Deus a vida é muito boa. Disse que faz isso porque seus pais a educaram assim. E que não gosta de saber que tanta gente tem a mesa farta na noite de Natal, mas nem olha pra trás, nem lembra o que a data significa. Falou de mesa farta e coração vazio.

Achei de uma sabedoria enorme. Gosto da ceia de Natal. Gosto de comprar, sim! Acredito que gostamos. Mas é preciso prestar atenção nesse comportamento. É preciso olhar pra sua própria vida e entender que felicidade é algo maior, tão maior. E que ela não está no ato de comprar. Bem menos nos objetos comprados. Nessa busca por prazer, perdemos de vista nós mesmos. O ato de comprar passa, a simbologia atribuída a esse comportamento nos leva ao consumismo desenfreado, os objetos adquiridos são descartados porque surgem novos, mais modernos, e o objeto não é o que de fato importa. O objeto de desejo não é encontrado porque ele só existe no plano do desejo.
A mídia afirma que a felicidade está nisso, ou naquilo. Descaradamente. "Vem ser feliz!" "Abra a felicidade" etc etc. As crianças fantasiam pensando que de fato a felicidade está em consumir. Algumas se entristecem pois não podem ter, então jamais serão felizes. E ser vai deixando de importar.

Volto a lembrar da cidade, no Natal desse ano. Foi comtemplada pelo projeto da Cemig, e a praça está mais iluminada.
Nas noite há turistas, música, papais Noéis. Muita gente sorrindo. E muita gente triste. Tem tanta gente que se entristece no Natal. Porque na ceia as vezes falta alguém que já se foi ou que não pode estar presente... Porque não ganha "aquele" presente... Porque essa coisa de comprar e comprar e comprar nos esvazia de nós mesmos, e o sentido disso tudo? Tem gente que se entristece por comprar, ao ver que não é bem isso. Tem gente fica triste por não poder comprar, tanta desigualdade. Tem gente que se entristece por ver quem compra e quem só pode olhar. Crianças que brincam com a embalagem do presente de outras crianças. Tenho observado que muitas pessoas refletem sobre esse movimento. Ainda bem!
Natal, tempo de enfeites, tempo de reuniões... Tempo propício pra pensar, pra quem se permite "olhar pra trás" como a senhora do ônibus disse que costuma fazer. Próximo de um novo ano, tempo propício a olhar pra si. Pensar nas conquistas e nos projetos sim, mas pensar em si mesmo: no que é, no que está sendo, no que te faz assim.
Natal é tempo de celebrar a vida e o amor! Celebrar o nascimento de Jesus, que para os cristãos é o Deus Filho, mas que também, muitos não cristãos conhecem "a história daquele homem que se doou, e que revolucionou a forma de viver". Uma história que marca tantas gerações não deveria esvair-se de sentido ou ter o sentido tão mudado.
Vamos fazer um resgate do verdadeiro Natal? Um resgate de nós mesmos? Que tal se nesse Natal, consumirmos com prudencia sem esquecer as questões sociais, se aprendermos e ensinarmos que antes de consumistas somos cidadãos? E se a decoração de Natal nos levasse a pensar sobre a beleza da nossa própria vida, sobre a beleza interior? Desejo que  visualizemos a felicidade ali naquele momento do nascimento do menino. E assim, encontremos felicidade em nossa história, a verdadeira felicidade, aquela da qual queremos mais, queremos para sempre. A felicidade do nosso caminho, de cada dia, aquela que não está só no natal.
A ALEGRIA DE VIVER!  Talvez assim aconteça aquilo que desejo, e que não cabe nessas palavras, mas são as que melhor sei dizer pra agora:




Feliz Natal!!!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

De repente, adolescente.

Bom dia, boa tarde, boa noite.
Foi o encantamento diante da tal moda colorida que me levou a pensar na adolescência. Já faz um tempinho.
De lá pra cá eu quis postar sobre mais um monte de coisas... só que o tal tempinho anda tão corrido que ainda não foi possível.

Antes de qualquer coisa, hoje, quero agradecer a minha primeira seguidora: Liliane. Lili, é você? rs

Ah, mas então, dei minha palavra de que iria postar mais sobre essa fase tão peculiar de nossas vidas, que é a adolescência, e para isso andei relendo coisas, encontrando outras e repensando minhas próprias idéias.

Por hoje, eu gostaria de dizer que adolescencia é uma categoria histórica. Verifica-se que já no sec. XVIII, textos citavam esta fase do desenvolvimento em que não se é mais criança, porém ainda não foi atingida a  adultez. No sec. XX, essa categoria foi ainda mais embasada em critérios científicos, o que deu a ela um tom de quase naturalidade (Oliveira, 2003). E como tanta coisa acaba se tornando natural para nós, naturalizamos também a adolescência.
Mas como eu disse, a invenção da adolescência possibilitou estudos e intervenções psicossociais, e vem alimentando desejos, sonhos, e um forte mercado destinado exclusivamente aos jovens. Culturalmente instituída e tão presente na mídia e na rua, é a adolescência também um processo.

Quando eu falo em uma fase penso em algo mais cristalizado e muito genérico. Entendendo a adolescência como um processo, reconheço as especificidades históricas, culturais e biológicas, mas não deixo de pensar a subjetividade e especificidade. Entendo então a adolescencia como parte de um processo constante de crescimento e de mudanças. Afinal, nosso crescimento pessoal e as mudanças não acontecem apenas na adolescencia, mas esta é muito marcada por esses fatores.
Momento de diálogo e interação, de desconstrução de alguns paradigmas e adoção de outros. Momento de pertencer a grupos e reconhecer a alteridade.


É aí que vem a parte que mais gosto. Ex-criança e futuro adulto? Não. Adolescente! Pessoa agindo no mundo, transformando o ambiente e se transformando no aqui e no agora. Certos adolescentes pertencem a tribos e buscam diferenciar-se de outros igualando-se a alguns. Maneira de se ver e se portar no mundo, maneira de comunicar o que pensam até então sobre a vida, sobre a sociedade e sobre sua própria condição.
 Maneira de se proteger. Ou não. E aí tem os coloridos, os rappers, os metaleiros, os góticos, os fantasiados e etc... (desculpem se não postei o nome correto da tribo... são tantas!).
 Outros adolescentes não querem pertencer a nenhuma tribo, mas tem seu grupo de amigos... ainda que seja na internet.
Talvez alguns adolescentes leiam isso e achem tudo uma grande bobagem, afinal... será que todos os adolescentes se sentem adolescentes de fato? É porque muito do que vem-se dizendo dessa fase, ditando comportamentos e estabelecendo regras... esquece que antes de falarmos em faixas etárias, estamos dizendo sobre pessoas... e pessoas não são todas iguais, embora tantas vezes sejam bem parecidas.

Reconheço que resolvi falar de um tema amplo, muito rico e controverso. E que uma postagem jamais seria suficiciente pra isso. Mas a idéia principal e deixar uma mensagem pra vocês, adolescentes, que estão construindo história: assim como a sociedade é apaixonada por essa fase, eu gosto muito de vocês, naquilo que são iguais, naquilo que são únicos. E mais: Nós, adultos, deveríamos ter mais tempo pra refletir sobre nossas questões existenciais, e isso não deveria ser considerado coisa de adolescente não! Porque por mais que tenhamos muita coisa definida em nossa vida, que sejam estilo, profissão e blabs...daqui a pouco tem mais coisa pra fazer, mais coisa pra mudar, mais coisa pra sonhar.

PORQUE ADOLESCENTES OU NÃO, A VIDA NOS SOLICITA. O TEMPO TODO.


Referência: OLIVEIRA, Maria Claudia Santos Lopes de. Identidade, narrativa e desenvolvimento na adolescência: uma revisão crítica. Psicol. estud. [online]. 2006, vol.11, n.2.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Antes da chuva. Neblina.

Engraçado, dizem que quando estamos sem assunto falamos sobre o tempo. Sobre o calor, sobre a chuva... E muitas vezes falamos dessas coisas pra iniciar uma conversa.
Como já postei anteriormente, tenho uma bela vista aqui da janela do meu consultório, e o tempo tem variado tanto!
Então eu olho o horizonte, e passo a olhar pra mim. Olho o horizonte e olho para as pessoas. Amplio os meus horizontes.
Um tempo assim, meio sisudo tem um contraste enorme com a nova moda adolescente, que é super colorida! Tenis, pulseiras, roupas. Tão contente!
O que esta moda diz dos adolescentes? Ora, que eles seguem a moda! rsrs Talvez nem estejam sempre tão alto-astral assim. Mas na adolescencia a moda tem muita força, nas questões identitárias (Simmel, 1988); no sentimento de pertencimento a um determindo grupo.
Não que a moda não seja seguida  por outras faixas etárias. Mas na adolescência, andar na moda pode ter  outra conotação. Pode ser uma questão muito mais importante na vida dos adolscentes.

Mas, enfim, eu comecei falando do tempo. Mais uma vez. E resolvi falar de moda pra chegar finalmente no tema "adolescencia". E é sobre este tema que pretendo dizer mais, nas próximas postagens!

Pra ilustrar o assunto que ficou lá no ínicio de conversa. E os contrastes que vi no meu dia.

Um fim de tarde neblinado e colorido pra quem me visita!

domingo, 21 de novembro de 2010

Dicas para a apresentação da Monografia



Fiz um texto para alguns amigos com dicas para controlar o nervosismo durante a apresentação da Monografia.
Abaixo, o texto, que talvez possa ajudar a mais pessoas.


Durante esse semestre, sei que vocês pesquisaram e se dedicaram, e está chegando a hora de apresentar o fruto de tanto trabalho.
Por isso, fui convidada como psicóloga, a dar algumas dicas para que vocês se saiam bem na apresentação.
Digamos que existem alguns cuidados básicos que podem fazer a diferença na apresentação de todos. É claro que é um momento decisivo, e que gera muita ansiedade. Em maior ou menor grau, a ansiedade atinge a todos. O que varia de uma pessoa para a outra é a forma de lidar com essa ansiedade toda. Mas os passos abaixo podem ajudar no momento da apresentação do TCC, em que vocês precisam disfarçar o nervosismo e demonstrar segurança naquilo que estarão falando.

1. Qual é o tamanho do problema?

Nosso medo deve ser proporcional ao tamanho do problema que iremos enfrentar. Então é importante pensar nisso: O que estou temendo, por que estou temendo? Na pior das hipóteses, o que poderia acontecer na apresentação da minha monografia? E se isso acontecesse, como eu reagiria?
Andei pesquisando o tema, e ao que tudo indica, “se a argumentação estiver razoável e não contiver absurdos, defender a monografia fica fácil”. Geralmente o que acontece é que as pessoas passam pelo crivo da banca e se formam. Com você também vai ser assim.

2. Dominar o conteúdo

Você escolheu um tema e resolveu redigir a monografia sobre ele. É óbvio que você não precisa saber tudo o que existe e está relacionado ao tema, pois deve ser muita coisa. Mas você precisa saber tudo o que está na sua monografia. Afinal, você precisa conhecer bem o que está defendendo para fazer com que as outras pessoas também compreendam aonde você quer chegar.
Por isso confie nas suas idéias e estude bastante os pontos principais daquilo que você quer transmitir.
Dominar o conteúdo da sua monografia é fundamental para uma boa apresentação.

3. Ensaiar

Achei essa reunião uma ótima idéia. Falar em público não é uma tarefa fácil para a maioria das pessoas, então é interessante falar primeiro para um grupo menor de amigos.
É bom ser avaliado e receber dicas das pessoas mais próximas primeiro. Se vocês se fizerem compreender no grupo, certamente também o farão no dia da apresentação oficial.
E pra quem acha válido, pode ser interessante treinar na frente do espelho. É bom que você ouça suas próprias palavras durante os treinos, e pra quem também prefere se ver falando, o espelho pode ajudar a observar postura, expressão facial, gestos. Mantenha-se em uma postura ereta indicando confiança, mas não travada demais, permita-se alguns movimentos. Tenha consciência de seus tiques para que possa amenizá-los. Tente manter uma expressão serena. Vale sorrir e fazer alguma graça pra dissipar o stress se fôr necessário. Não gesticule muito.
Procurem neste momento prestar atenção também ao tom de voz. Você precisa ser ouvido e compreendido, por isso fale em tom firme, e em bom ritmo: nem devagar demais, nem atropelando as palavras.
Nos ensaios também marque e distribua bem o tempo que você deve dedicar a cada parte da apresentação.
Estudar e ensaiar são suas tarefas principais nos próximos dias.



4. No dia anterior

O dia anterior da apresentação deve ser o último dia de ensaio e estudo. E não pode ser até de madrugada. Antes de dormir, corra os olhos no resumo: naquilo que você pretende falar. E durma! O sono é fundamental na consolidação de novas memórias, ou seja, você vai se lembrar de tudo na hora H, e dormir bem vai te ajudar nisso.
Se estiver muito ansioso vale contar carneirinho e até tomar um chá relaxante. Se acordar de madrugada não vá resolver estudar mais. O último minuto de estudo seu deve ser às 23:59! Se ajeite na cama e pegue no sono outra vez. Afinal, você também precisa estar bem fisicamente para a sua apresentação!

5. No dia D!

É, chegou. O bem estar físico e mental deve ser sua prioridade hoje. Para isso: evite uma alimentação muito pesada e o excesso de cafeína (não vá devorar uma caixa de bombons agora!).  Ah, tome água. Seu corpo vai precisar.
Como a sua apresentação é de noite, tente não pensar muito nela durante todo o dia. Eu sei, isso é difícil. Mas não sofra por antecipação. Concentre-se nas suas atividades e deixe a apresentação da monografia pra hora dela. Procure se distrair desses pensamentos repetitivos que podem estar te tomando nesse momento.  Relaxe!

6. Últimos preparativos

Chegue mais cedo ao local da apresentação. Se você já conhecê-lo, é melhor ainda. Experimente seu “palco”.  Se fôr fazer uma apresentação de Power Point, verifique se todo o equipamento está disponível, montado e funcionando corretamente.
Mande sua apresentação para seu próprio e-mail e leve o pen-drive com uma cópia, ou leve o próprio notebook, enfim, tenha duas cópias salvas em locais diferentes.
Quer mais uma carta na manga? Esteja preparado para apresentar sem esses auxílios tecnológicos. Eles devem dar apoio à sua apresentação e torná-la mais dinâmica, mas não devem ser o principal. Se você estiver preparado pra falar de forma dinâmica sem esses recursos, sua apresentação será ainda melhor. E vai que algo resolva não funcionar bem na hora... Não é pra se assustar, é como eu disse no início, o medo deve ser proporcional ao tamanho do problema, e pra isso é importante cogitar algumas situações e como sair delas. Você treinou, você se sairá bem usando seus gestos e sua voz.
Água para a voz!
Sim, água. A ansiedade deixa a boca seca. Deixe por perto uma garrafinha cheia de água, para que você possa fazer algumas pausas e aliviar a sede se necessário.
E cola. Leve uma cola em um papel arrumadinho, tipo ficha, com as palavras-chave de sua apresentação. Talvez você nem precise usá-la, mas só de tê-la disponível, terá mais segurança. E se a memória der aquela fugida, use a cola!
Tudo certo? Então desligue o celular e vamos para um momento solitário.

7. Momento solitário

Se possível, vá para algum lugar mais silencioso no campus. Feche os olhos e respire profundamente durante alguns minutos. Isso te ajudará a estar mais concentrado no momento da apresentação.
Tenha em mente que você está preparado. Acredite na sua capacidade e no seu trabalho.


8. Apresentação da monografia/TCC

Você já sabe o que deve dizer e como deve dizer. Uma boa dica é fixar o olhar em três pontos distribuídos na sala. Sutilmente, desvie o olhar de um ponto a outro, e isso dará a impressão de que você está olhando para a platéia e para a banca, quando na verdade você está evitando encarar apenas uma pessoa ou observar cochichos e gestos que poderiam lhe desconcentrar.
Então cumprimente as pessoas, se apresente se fôr fazê-lo e apresente a sua monografia. Fale dos pontos principais, de alguns autores e da importância do trabalho. O enfoque maior deve ser dado aos resultados do trabalho. Isso porque a banca já leu o seu trabalho e descrever minúcias pode ser um tanto cansativo para eles.
Repita o que você fez nos ensaios. Você pode estar muito nervoso, mas não conte isso a quem está te assistindo. Não deixe de respirar e concentre-se naquilo que você está dizendo.
Após concluir sua defesa, apenas agradeça.
Ouça atentamente as perguntas e comentários dos professores da banca. Responda aquilo que estiver ao seu alcance, afinal, nesse momento você domina o conteúdo. Se você não souber ou não conseguir responder a alguma pergunta, diga isso à banca e diga que irá pesquisar. Agradeça as sugestões, anote o que os professores lhe disserem, pois isso indica que você está dando a devida importância aos comentários deles.

Pronto!
Parabéns!
Mais um desafio superado com êxito.  E rumo à formatura!!!

Brincadeiras a parte, eu confio na capacidade de cada um de vocês. Pelo que conheço da turma sei que já apresentaram bons trabalhos, que são inteligentes e isso não é rasgação de seda.
Desculpe-me se me intrometi em partes que não me diziam respeito ou se brinquei muito com coisa séria, mas eu espero que alguns ingredientes dessa receita de bolo possam ser úteis, embora eu saiba que nem todos o serão, porque, como disse anteriormente, cada um de vocês já sabe como reage à ansiedade e ao stress, e já deve ter seus próprios macetes e preferências.
Mas desejo que no geral todos se saiam muito bem, e se precisarem, podem contar comigo!


Referências Bibliográficas:

FILHO, E. E. S. Sugestões para a Defesa da Monografia de Conclusão de Curso. 2008. Disponível em: http://www.enochfilho.net/2008/04/como-apresentar-monografia.html. Acesso em: 19 de novembro de 2010.

ARAÚJO, L. F. Dicas para apresentar o seu TCC ou Monografia. 16 de novembro de 2010. Disponível em: http://www.psicologoemcuritiba.com.br/2010/11/dicas-para-apresentar-o-seu-tcc-ou.html. Acesso em: 19 de novembro de 2010.

 

 

Bom final de domigo!


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Eu precisava ver a beleza da chuva e a beleza do sol pra olhar pra mim. A beleza possibilita essa abertura pra que a gente perceba outras coisas. E aí, nos dias chuvosos ou ensolarados, tenho pensado na minha vida.
Talvez muita gente entre em um blog de Psicologia querendo receitas prontas, soluções para seus próprios problemas. E aqui se deparam com tanta subjetividade minha... Pois é.
Disso, o que tenho a dizer é que a Psicologia não se propõe a vender ou dar essas receitas. É mesmo tentador procurar fórmulas. Mas não é funcional, porque por mais que sejamos muito parecidos em muitas coisas, cada sujeito é único e tem uma história única.  E sobre eu me colocar de forma tão pessoal neste blog, tenho que dizer... é que antes de ser psicóloga, sou pessoa. E não poderia deixar de citar o poema do Cyro Martins:


"Pois fica decretado, a partir de hoje,
que psicólogo é gente também.
Sofre e chora, ama e sente, às vezes,
precisa falar: O olhar atento, o ouvido aberto,
escutanto a tristeza do outro, quando, às vezes
a tristeza maior está dentro do seu peito.
Quanto a mim, fico triste e fico alegre
e sinto raiva também. Sou de carne e osso,
e quero que você saiba isso de mim.
E agora, que já sabe que sou gente,
quer falar de você pra mim?"

Cyro Martins

Feitos os devidos esclarecimentos sobre chuva, sol, eu e a Psicologia... novamente posso dizer: Bem vind@ ao blog!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sol

Já não chove mais. Hoje o sol apareceu bonito. Não faz frio e o dia não está cinza.
Mas muitas vezes nosso estado de espírito difere do ambiente.
As vezes em dias azuis celeste, minha alma chove e chove. Tempestade, raios. Acredito que se nosso humor dependesse apenas das condições ambientais, seríamos mesmo folhas ao vento. O que você pensa sobre isso?

Lembrei dessa:

Beira-Mar

Maria Bethânia

Composição: Roberto Mendes/Capinan
 
Dentro do mar tem rio...
Dentro de mim tem o quê?
Vento, raio, trovão
As águas do meu querer
Dentro do mar tem rio...
Lágrima, chuva, aguaceiro
Dentro do rio tem um terreiro
Dentro do terreiro tem o quê?
Dentro do raio trovão
E o raio logo se vê
Depois da dor se acende
Tua ausência na canção
Deságua em mim a paixão
No coração de um berreiro
Dentro de você o quê?
Chamas de amor em vão
Um mar de sim e de não
Dentro do mar tem rio
É calmaria e trovão
Dentro de mim tem o quê?
Dentro da dor a canção
Dentro do guerreiro flor
Dama de espada na mão
Dentro de mim tem você
Beira-mar
Beira-mar
Ê ê beiramar
Cheguei agora
Ê ê beira-mar
Beira-mar beira de rio
Ê ê beira-mar

Ah, o dia hoje, daqui da minha janela:

Boa tarde! Que seja realmente muito boa!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ares de chuva

Já choveu bastante hoje, mais uma vez. Pelo noticiário, pensei até que choveria mais. Primavera bem chuvosa por esses dias, aqui no interior das Gerais.
Mas a chuva parou.
Acabei de fotografar o céu...
Belo céu. Este céu da chuva que passou, mas das nuvens que ainda ficam. Este céu de ares de chuva.
Este céu do aqui agora, do momento que tenho.
É este que quero compartilhar com vocês.
Nós comunicamos o que a vida nos comunica.
Abraços!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Chuva

Mais uma tarde chuvosa.

Lava.
Lava o chão, as árvores...
Enquanto eu penso sobre a vida. Escuto a chuva.
Penso na chuva.
Mas escrevo. Digito.
Essa é a minha primeira postagem em um blog que se propõe a dizer algo.

Então resolvi postar sobre a chuva.  Não necessariamente a chuva em si.
Hoje ouvi alguém dizendo que dias chuvosos são simpáticos. Um outro alguém em outro momento disse que dias chuvosos são tristes. É o tom que cada um dá à experiência que faz de algo comum. É interessante perceber que o juízo  feito da chuva ou de qualquer outra coisa parte da experiência. Sentir a chuva, o frio, ouvir o barulho.
E aí lembrar de outros momentos chuvosos ou pensar no que se fará nessa chuvarada toda.
Sair ou ficar. Ou não ter opção. Será? Ou sempre temos opções?

A vivência da chuva: o vivido. O vivido  é aquilo que nos toca, e temos consciência de que somos tocados. Isso remete a uma conexão com o centro pessoal de cada sujeito
Amatuzzi (2001) nos diz que o vivido só se torna vivido pleno quando tem uma inscrição mínima na consciência.Porém o vivido também está estruturado pelas influências, porque toda consciência está atrelada aos padrões culturais e à história individual de cada sujeito. Mas o vivido não é só influenciado, ele é também a possibilidade de ação no meio. Agimos.


Sempre agimos?

Então respondemos à chuva. Respondemos?
Respondemos aos questionamentos... ou não. Responda se quiser, se puder... enfim.

Tenho que ir porque está na hora. E parece que vai chover mais.



Referências Bibliográficas:
AMATUZZI, M. M, Por uma psicologia humana.  Campinas, S.P., Ed. Alínea, 2001.