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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

De repente, adolescente.

Bom dia, boa tarde, boa noite.
Foi o encantamento diante da tal moda colorida que me levou a pensar na adolescência. Já faz um tempinho.
De lá pra cá eu quis postar sobre mais um monte de coisas... só que o tal tempinho anda tão corrido que ainda não foi possível.

Antes de qualquer coisa, hoje, quero agradecer a minha primeira seguidora: Liliane. Lili, é você? rs

Ah, mas então, dei minha palavra de que iria postar mais sobre essa fase tão peculiar de nossas vidas, que é a adolescência, e para isso andei relendo coisas, encontrando outras e repensando minhas próprias idéias.

Por hoje, eu gostaria de dizer que adolescencia é uma categoria histórica. Verifica-se que já no sec. XVIII, textos citavam esta fase do desenvolvimento em que não se é mais criança, porém ainda não foi atingida a  adultez. No sec. XX, essa categoria foi ainda mais embasada em critérios científicos, o que deu a ela um tom de quase naturalidade (Oliveira, 2003). E como tanta coisa acaba se tornando natural para nós, naturalizamos também a adolescência.
Mas como eu disse, a invenção da adolescência possibilitou estudos e intervenções psicossociais, e vem alimentando desejos, sonhos, e um forte mercado destinado exclusivamente aos jovens. Culturalmente instituída e tão presente na mídia e na rua, é a adolescência também um processo.

Quando eu falo em uma fase penso em algo mais cristalizado e muito genérico. Entendendo a adolescência como um processo, reconheço as especificidades históricas, culturais e biológicas, mas não deixo de pensar a subjetividade e especificidade. Entendo então a adolescencia como parte de um processo constante de crescimento e de mudanças. Afinal, nosso crescimento pessoal e as mudanças não acontecem apenas na adolescencia, mas esta é muito marcada por esses fatores.
Momento de diálogo e interação, de desconstrução de alguns paradigmas e adoção de outros. Momento de pertencer a grupos e reconhecer a alteridade.


É aí que vem a parte que mais gosto. Ex-criança e futuro adulto? Não. Adolescente! Pessoa agindo no mundo, transformando o ambiente e se transformando no aqui e no agora. Certos adolescentes pertencem a tribos e buscam diferenciar-se de outros igualando-se a alguns. Maneira de se ver e se portar no mundo, maneira de comunicar o que pensam até então sobre a vida, sobre a sociedade e sobre sua própria condição.
 Maneira de se proteger. Ou não. E aí tem os coloridos, os rappers, os metaleiros, os góticos, os fantasiados e etc... (desculpem se não postei o nome correto da tribo... são tantas!).
 Outros adolescentes não querem pertencer a nenhuma tribo, mas tem seu grupo de amigos... ainda que seja na internet.
Talvez alguns adolescentes leiam isso e achem tudo uma grande bobagem, afinal... será que todos os adolescentes se sentem adolescentes de fato? É porque muito do que vem-se dizendo dessa fase, ditando comportamentos e estabelecendo regras... esquece que antes de falarmos em faixas etárias, estamos dizendo sobre pessoas... e pessoas não são todas iguais, embora tantas vezes sejam bem parecidas.

Reconheço que resolvi falar de um tema amplo, muito rico e controverso. E que uma postagem jamais seria suficiciente pra isso. Mas a idéia principal e deixar uma mensagem pra vocês, adolescentes, que estão construindo história: assim como a sociedade é apaixonada por essa fase, eu gosto muito de vocês, naquilo que são iguais, naquilo que são únicos. E mais: Nós, adultos, deveríamos ter mais tempo pra refletir sobre nossas questões existenciais, e isso não deveria ser considerado coisa de adolescente não! Porque por mais que tenhamos muita coisa definida em nossa vida, que sejam estilo, profissão e blabs...daqui a pouco tem mais coisa pra fazer, mais coisa pra mudar, mais coisa pra sonhar.

PORQUE ADOLESCENTES OU NÃO, A VIDA NOS SOLICITA. O TEMPO TODO.


Referência: OLIVEIRA, Maria Claudia Santos Lopes de. Identidade, narrativa e desenvolvimento na adolescência: uma revisão crítica. Psicol. estud. [online]. 2006, vol.11, n.2.

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