A ciência psicológica reconhece os benefícios da espiritualidade na vida das pessoas. Como busca pessoal de respostas sobre o sentido da vida e o transcendente, a espiritualidade relaciona-se às religiões, que são conjuntos partilhados de crenças, ritos e símbolos e têm a função de aproximar a pessoa do sagrado.
Ao falarmos de psicologia e espiritualidade, não elegemos a religião “certa”, e nem podemos estabelecer uma oposição entre aspectos psicológicos e espirituais. Ir ao templo, à igreja, entre outros; ou ter um lado espiritual independente de religiões; não exclui a possibilidade de ir ao setting terapêutico. Pesquisas vêm demonstrando a importância da fé na saúde, no enfrentamento dos problemas, na aderência do sujeito à psicoterapia, e na obtenção de melhores resultados nas intervenções psicológicas. Entendemos que a dimensão espiritual é complementar às dimensões física, psicológica e social na totalidade do ser.
A maturidade espiritual pode facilitar a compreensão das doenças físicas pelo paciente durante o tratamento médico, e auxiliá-lo no processo de cura. Assim também, diante de dificuldades psicológicas, a busca do equilíbrio pode passar pela certeza do sagrado, pela fé e pela procura de respostas, considerando sempre a importância do tratamento psicológico quando necessário. A postura ética do psicólogo deve abarcar o respeito empático pela espiritualidade do cliente.
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